A Dama de Caxemira
de Francisco González Ledesma
Sobre o livro
Velho, cínico e assombrado pela memória das mulheres que não soube amar, preso entre o fascínio pelos marginais que
deveria perseguir e o desprezo dos seus superiores, que sonham vê-lo reformado, o inspector Méndez vagueia por uma
Barcelona cuja modernidade o acossa, saudoso da cidade gloriosa de outrora. As décadas que passou ao serviço da polícia
não deixam que Méndez confunda verdade com justiça, e este velho cavalo de guerra da lei não se deixa iludir facilmente.
Quando se depara com um bizarro crime que envolve um cadáver e uma cadeira de rodas, Méndez mergulha na aventura
mais vertiginosa e sentimental da sua vida - uma história de solidões, frustrações, nostalgias e inesperadas ternuras. Uma
mulher presa a um passado longínquo e perdido, um homem casado apaixonado por um antigo amante, um amor
inesperadamente platónico e um conjunto de vidas tragicamente interligadas levam Méndez a descobrir que se pode
morrer por sonhar demais e que o homicídio pode ser o derradeiro acto de ternura.
A Dama de Caxemira convida o leitor a deambular pelo labirinto de ruas estreitas e horizontes vastos que é a cidade
antiga de Barcelona, e não deixará de o marcar pela sua originalidade e irreverência.
ABC
«Nos romances de Méndez, encontramos uma irresistível mistura de fúria e melancolia. Fúria perante a injustiça; melancolia por uma paisagem perdida.»
El País