7 Razões Para Matar
de Manuel Ferreira Lima
Sobre o livro
7 dias da Criação, 7 pragas do Egipto, 7 maravilhas do mundo.
7 mortes e outras tantas histórias.
Chegámos a acordo sem dificuldade acerca do tema - a constatação, histórica e inquestionável, que o homem mata o próximo pelas mais diversas e absurdas razões - e não foi difícil, de igual modo, assentarmos que seriam sete histórias, e não qualquer outro número, que ilustram a nossa tese. Sete? Mas sete porquê? Primeiro por uma questão de estética, o algarismo sete é feito de linhas depuradas, equilibradas, e não atingindo os exageros minimalistas do um, nada tem a ver com a geometria barroca do três ou a obesidade do seis. Depois porque sete foram os dias da Criação, as pragas do Egipto, e as maravilhas do mundo, porque sete são as cores do arco-íris. E porque, algures, existe o sétimo céu, e porque o cinema é a sétima arte, e porque «sete anos de pastor Jacob serviu», e por mais sete outras razões que seria supérfluo referir. Tínhamos o tema, concordámos com a estrutura do livro, só nos restava reunir alguns papéis antigos, escrever uns poucos mais, e convencer o editor a publicar a maravilha.