Stoner
de John Williams
Sobre o livro
Romance publicado em 1965, caído no esquecimento. Tal como o seu autor, John Williams - também ele um obscuro professor americano, de uma obscura universidade.
Passados quase 50 anos, o mesmo amor à literatura que movia a personagem principal levou a que uma escritora, Anna Gavalda, traduzisse o livro perdido. Outras edições se seguiram, em vários países da Europa. E em 2013, quando os leitores da livraria britânica Waterstones foram chamados a eleger o melhor livro do ano, escolheram uma relíquia.
Julian Barnes, Ian McEwan, Bret Easton Ellis, entre muitos outros escritores, juntaram-se ao coro e resgataram a obra, repetindo por outras palavras a síntese do jornalista Bryan Appleyard: "É o melhor romance que ninguém leu". Porque é que um romance tão emocionalmente exigente renasce das cinzas e se torna num espontâneo sucesso comercial nas mais diferentes latitudes? A resposta está no livro. Na era da hiper comunicação, Stoner devolve-nos o sentido de intimidade, deixa-nos a sós com aquele homem tristonho, de vida apagada. Fechamos a porta, partilhamos com ele a devoção à literatura, revemo-nos nos seus fracassos; sabendo que todo o desapontamento e solidão são relativos - se tivermos um livro a que nos agarrar.
William Stoner, filho de agricultores que foi para a universidade estudar e de lá , nunca mais saiu, dedicando a sua vida ao ensino da literatura. Aparentemente nada de excecional, pode-se dizer, mesmo assim, é um livro simplesmente cativante.
Este livro caracteriza uma personagem muito simples: um homem comum, professor, cuja vida tem os seus saltos e baixos, mas ficamos a conhecer a personagem até ao seu fim. Ficamos muito investidos na vida desta personagem, tal deve-se à escrita desta obra que torna a leitura viciante - livro, este, que foi revisitado e tornado um clássico.
Logo nas primeiras frases ficamos a conhecer o "fim" da personagem deste livro, Stoner. O interesse aqui materializa-se não propriamente no destino da personagem (pois esse já o sabemos), mas sim no seu amor partilhado pela literatura. Ao longo destas páginas acompanhamos a vida solitária de um homem triste e melancólico, mas que mesmo assim nunca perdeu o amor pelo ensino e pela literatura. Acompanhamo-lo nas suas ações mais triviais e mundanas, e é aí que se encontra a beleza deste livro, na simplicidade. Obrigatório não só para os amantes da literatura como também para todos aqueles que neste ou naquele momento encontraram reconforto na solidão. Comovente!
Romance descoberto há relativamente pouco tempo e que faz jus aos elogios que lhe foram feitos; um hino ao amor à literatura, à solidão, à tristeza, à perda. Sabemos logo no início o que acontece ao personagem principal mas não conseguimos deixar de ler até perceber o que levou a esse desfecho. Muito bem escrito! Vivemos como se fossem nossos os dramas do Professor Stoner.
Uma narrativa simples e viciante. Sem grandes artifícios de escrita ou narrativa, seguimos a vida do professor Stoner, sofremos e choramos com e por ele. Por ser tão simples, é difícil explicar o que me cativou neste livro mas posso garantir que é, de longe, um dos melhores livros que li até hoje.
Com uma sensibilidade marcante, o autor aproxima o quotidiano do protagonista com a vida do próprio leitor. Não há como não se envolver com a escrita, se identificar com a narrativa e odiar ou amar os personagens.
Um dos melhores livros que tive o prazer de ler. De uma simplicidade enorme, mas ao mesmo tempo tão bem escrito e tocante que não desejamos que acabe... Uma vida comum extraordinariamente contada. O professor Stoner é uma personagem que dificilmente esquecerei. Sem dúvida que foi dos melhores livros de que nunca tinha ouvido falar...
Um dos melhores livros que li até hoje! É, simplesmente, genial! Uma história que se desenrola quase de forma poética... De tal forma, que criamos uma empatia com o personagem, chegamos quase a ter pena dele... Muito bom, mesmo! Recomendo a quem gosta de grandes histórias!
Uma narrativa tão simples mas quase poética! É provavelmente um dos melhores livros que li até hoje e que continuo a recomendar quase diariamente. Absolutamente brilhante!
Feliz por um livro tão simples brilhar neste caos de publicações. Uma escrita cuidada e bonita que me preencheu e alimentou uma fome de algo diferente. Dos melhores livros que li até hoje. Façam o favor de ler este livro. 6* “É uma coisa ainda mais rara do que um grande romance - é o romance perfeito, tão bem contado, tão bem escrito, tão comovente que nos corta a respiração.”