El Cerebro Espiritual
de Francisco Rubia e Francisco J. Rubia
Grátis
Sobre o livro
Oferece uma explicação neurobiológica da experiência religiosa.
O autor conhece em primeira mão as distintas teorias sobre a origem da religião.
Destaca o papel das substâncias alucinogénicas para alcançar estados alterados de consciência.
Desde tempos imemoriais, a humanidade procurou transcender a realidade quotidiana: evadir-se do mundo natural e encontrar uma «segunda realidade», o âmbito a que se chamou sobrenatural. Tanto a realidade quotidiana como essa segunda realidade são ilusões geradas pelo cérebro. A consciência egoica é a responsável pela realidade quotidiana; a consciência límbica, pela segunda realidade. Ambos os tipos de consciência convivem no homem contemporâneo. Do ponto de vista neurobiológico, ou cerebral, tão real é a realidade quotidiana como a segunda realidade, já que ambas são fruto da atividade do nosso cérebro. Existem no cérebro estruturas que, quando estimuladas, são capazes de gerar experiências espirituais, místicas, religiosas, numinosas ou de transcendência. Não existe religião sem espiritualidade, mas sim espiritualidade sem religião. A origem da espiritualidade no ser humano deve ser buscada nos estados alterados de consciência que se produzem durante o êxtase ou transe. Estes estados alterados de consciência alcançam-se de maneira espontânea, utilizando certas técnicas ou ingerindo substâncias chamadas alucinogénicas ou enteógenas. Não são estados patológicos, mas sim mais uma possibilidade de expressão de estruturas cerebrais.