A Criança em Ruínas
de José Luís Peixoto
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Editor:
Quetzal Editores
Edição:
março de 2012
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Sobre o livro
Tendo como temática principal a nostalgia da "criança em ruínas", a obra reúne vários poemas de diferentes fases da vida do autor. A melancolia, os cenários de dor, os problemas existenciais e as inquietações estão presentes na maioria dos textos. A exorcização dos males do poeta surge precisamente pela escrita, pois o poema é "o último esconderijo da pureza". O mundo poético surge aqui definido como sendo aquele em que o poeta é o "imigrante dentro de uma estrela, de um parágrafo".
Excertos
« na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.»
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.»
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Detalhes do produto
A Criança em Ruínas
ISBN:
9789725649978
Ano de edição:
03-2012
Editor:
Quetzal Editores
Idioma:
Português
Dimensões:
130 x 200 x 8 mm
Encadernação:
Capa mole
Páginas:
96
Tipo de Produto:
Livro
Classificação Temática:
Peixoto nos seus poemas realça a melancolia sentida na vida. Não vale a pena fugir dela. Ela faz parte, o melhor é a sentir, a abraçar e seguir em frente. << no tempo em que éramos felizes não chovia. levantávamo-nos juntos, abraçados ao sol. as manhãs eram um céu infinito. o nosso amor era as manhãs. no tempo em que éramos felizes o horizonte tocava-se com a ponta dos dedos. as marés traziam o fim da tarde e não víamos mais do que o olhar um do outro. brincávamos e éramos crianças felizes. às vezes ainda te espero como te esperava quando tu chegavas com o uniforme lindo da tua inocência. há muito tempo que te espero. há muito tempo que não vens. >>
Foi com este livro que eu descobri o quão maravilhosa é a poesia contemporânea nacional. A visão de Peixoto sobre a vida desperta no leitor vários significados emocionais. É impossível ficar indiferente a um livro que transforma a emoção em forma de arte.