Cátia Mourão
Biografia
Cátia Mourão nasceu em 1975.
É Licenciada em História na Variante de História da Arte e Mestre em História da Arte da Antiguidade. Tem participado em catálogos de Exposições, Colóquios e Cursos Livres com comunicações de carácter científico e conta com algumas obras publicadas. Paralelamente à actividade laboral dedica-se à Pintura, realizando esporádicas mostras individuais e colectivas.
É Licenciada em História na Variante de História da Arte e Mestre em História da Arte da Antiguidade. Tem participado em catálogos de Exposições, Colóquios e Cursos Livres com comunicações de carácter científico e conta com algumas obras publicadas. Paralelamente à actividade laboral dedica-se à Pintura, realizando esporádicas mostras individuais e colectivas.
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A Mansão Filosofal da Rua da Alcolena
A moradia situada no N.º 28 da Rua de Alcolena (Restelo) foi concebida nos primórdios dos Anos 50 e resulta de uma concertação entre os seus proprietários - Maria da Piedade Mota Gomes e o poeta José Manuel Ferrão -, e três artistas seus amigos - o arquitecto António Varela, o pintor José de Almada Negreiros e o escultor António Amaral Paiva.
Esta verdadeira Mansão Filosofal constitui uma Obra de Arte única do Modernismo português, na medida em que congrega várias expressões artísticas de grande qualidade (arquitectura, azulejo, vitral e escultura), subordinadas a um coerente programa ideológico comprometido com a via gnóstica unitária da filosofia hermética.
O carácter excepcional deste conjunto foi logo reconhecido na sua época - merecendo, inclusive, destaque na Sétima Arte, na longa-metragem Perdeu-se um Marido (1956) -, e mais tarde justificou a sua integração no Inventário Municipal do Património em 1992, no Inventário DOCOMOMO Ibérico da Habitação em 2008 e a proposta de classificação como Imóvel de Interesse Municipal em 2009, malogradamente gorada pela aprovação do projecto de construção de um edifício geminado à direita.
Com este livro pretende-se não só reiterar a importância desta Grande Obra no panorama nacional, mas também contribuir para o melhor entendimento da sua Beleza intrínseca, pois tal como Almada Negreiros inscreveu no painel de azulejos da varanda inferior direita desta moradia «Todas as cousas são belas / para quem sabe entendê-las».
Esta verdadeira Mansão Filosofal constitui uma Obra de Arte única do Modernismo português, na medida em que congrega várias expressões artísticas de grande qualidade (arquitectura, azulejo, vitral e escultura), subordinadas a um coerente programa ideológico comprometido com a via gnóstica unitária da filosofia hermética.
O carácter excepcional deste conjunto foi logo reconhecido na sua época - merecendo, inclusive, destaque na Sétima Arte, na longa-metragem Perdeu-se um Marido (1956) -, e mais tarde justificou a sua integração no Inventário Municipal do Património em 1992, no Inventário DOCOMOMO Ibérico da Habitação em 2008 e a proposta de classificação como Imóvel de Interesse Municipal em 2009, malogradamente gorada pela aprovação do projecto de construção de um edifício geminado à direita.
Com este livro pretende-se não só reiterar a importância desta Grande Obra no panorama nacional, mas também contribuir para o melhor entendimento da sua Beleza intrínseca, pois tal como Almada Negreiros inscreveu no painel de azulejos da varanda inferior direita desta moradia «Todas as cousas são belas / para quem sabe entendê-las».