Maria Helena Ventura
Biografia
Maria Helena Ventura nasceu em Coimbra, terra de toda a família materna. Mantém ainda uma profunda ligação afetiva ao Porto, de onde o pai era natural, e a Lisboa, para onde veio no final da adolescência, onde se licenciou e fez o Mestrado em Sociologia da Cultura. Vive no concelho de Cascais. É membro da IWA – International Writers and Artists Association, Sociedade de Geografia de Lisboa e Associação Portuguesa de Escritores. Tem dezanove títulos publicados, até ao momento: sete de poesia, onze de ficção (romance) e um título de literatura infantil, além de trabalhos académicos nas áreas da Sociologia da Educação e da Cultura.
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Quando o Silêncio Falar
«A poesia de Maria Helena Ventura alicerça-se numa atenção minuciosa à experiência vivida, intimamente articulada quer com a observação do mundo natural quer com os jogos da memória (cf. poema Lágrima).
Contudo, este entrelaçado triádico não se fundamenta a si próprio, antes desemboca num cismar assumidamente metafísico, onde o Silêncio irrompe como fundamento de uma autenticidade possível: "mas nada é definitivo/ nem um adeus/ nem a rigidez da pedra/ só o branco imperturbável do silêncio" (in poema Agora); é, por conseguinte, na sacralidade desse silêncio, incompatível com eternidades ficcionais, que a poeta domestica a luz e apascenta as palavras. A limpidez da poesia de Maria Helena Ventura, sem descurar o cuidado com o mundo social, insere-se numa tradição que, proveniente dos trágicos e dos poetas gregos, nunca deixou de se questionar, não só sobre o aqui, mas também - e lembrando Kant - sobre o que nos é dado esperar.»
Victor Oliveira Mateus
Contudo, este entrelaçado triádico não se fundamenta a si próprio, antes desemboca num cismar assumidamente metafísico, onde o Silêncio irrompe como fundamento de uma autenticidade possível: "mas nada é definitivo/ nem um adeus/ nem a rigidez da pedra/ só o branco imperturbável do silêncio" (in poema Agora); é, por conseguinte, na sacralidade desse silêncio, incompatível com eternidades ficcionais, que a poeta domestica a luz e apascenta as palavras. A limpidez da poesia de Maria Helena Ventura, sem descurar o cuidado com o mundo social, insere-se numa tradição que, proveniente dos trágicos e dos poetas gregos, nunca deixou de se questionar, não só sobre o aqui, mas também - e lembrando Kant - sobre o que nos é dado esperar.»
Victor Oliveira Mateus