«Este livro é um hino à amizade e à memória, mas também aos caminhos da História e ao testemunho e papel de protagonistas anónimos. Júlia e Constância, duas melhores amigas, viviam felizes numa das ilhas de Cabo Verde. Mas quando Constância tinha treze anos, por causa da seca e da pobreza, a família é obrigada a emigrar para São Tomé. Nas roças de cacau e de café, vive um trabalho duro marcado pela violência colonial e em modo de quase escravidão. Em Cabo Verde, a família de Júlia possui terras agrícolas e a propriedade de Romanza, cujos rendimentos permitem pagar os estudos superiores em Portugal. Porém, aos treze anos, Júlia é escolhida para tomar conta do pai e ajudar a mãe. dos seis irmãos, é a única que fica em casa sem estudos. Cinquenta anos depois, com o iminente regresso de Constância, Júlia passa em revista a vida desde que as amigas se separaram. Inicia-se uma viagem epistolar pelos acontecimentos que ocorreram nos dois arquipélagos e nas duas famílias. São os últimos dias do império, do colonialismo e de um regime exploratório, bem como as suas consequências no destino de cada um dos envolvidos.»

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