Vou Seduzir-te
de Anaoásis
Sobre o livro
Passe-se com Alice para o outro lado do espelho, tome-se a linha da fantasia e, ao longe, onde o azul se adensa, perscrute-se o sonho. O consciente dá lugar ao inconsciente da mesma forma que o dia cede lugar à noite. Naturalmente. Inevitavelmente. O olhar penetra, sem qualquer obstáculo, e perde-se no infinito em jeito de fuga. Assim leio este Vou seduzir-te de Anaoásis que recria um outro país de maravilhas. Postulando-se no domínio do fantástico, convocando o encantamento através de pertinentes práticas intertextuais, reclama uma vertiginosa ligação entre sonho e realidade, evocadora de Kubrick. Uma sinestésica policromia confere plasticidade a um texto que é, antes de mais, o manifesto vivo de um locus desejado. Porto, Paris, Ilha de Páscoa, o Infinito… para lá caminha em jeito de sedução.
Isabel Ponce de Leão
A sua escrita, Ana, está fora dos estilos classificados, dos estereótipos habituais - conto, romance, novela, ensaio,… - e não hesito em dizer-lhe, a si e aos leitores, que é escrita criativa, ponto final.
Daniel Serrão