O Trono
de Carlos Serimar
Sobre o livro
O centro nuclear e descritivo da obra repousa no histórico de que a existência da humanidade, mesclada com os seus lances mais épicos e afortunados, costuma conter uma realidade dramaticamente repetitiva e malfadada de domínio e de servidão entre os homens. Com efeito, o amor cego ao trono atiça este monstro para o derrame de todos os seus venenos e demais substâncias poluentes no seio da humanidade, dividindo-a em dois mundos antagónicos e humilhantes: o mundo dos senhores e dos senhorios e o mundo dos servos e dos súbditos. António (senhor) cobiçou Maria (cigana) e magoou-a com a exibição do cajado do mando. Ganhou com isso o amor do mundo mas não conquistou o amor de Maria. Depois de se despojar da vara real, ganhou o amor de Maria, mas perdeu o amor do mundo. Vem sendo assim desde Adão e Eva, em todos os tempos e em todos os lugares onde a mão do Homem opera.