O Meu Nome é Lucy Barton
de Elizabeth Strout
Grátis
Sobre o livro
Mais do que uma história de mãe e filha, este é um romance sobre as distâncias por vezes insuperáveis entre pessoas que deveriam estar próximas, sobre o peso dos não-ditos no seio das relações mais íntimas e sobre a solidão que todos sentimos alguma vez na vida. A entrelaçar esta narrativa está a voz da própria Lucy: tão observadora, sábia e profundamente humana como a da escritora que lhe dá forma.
Comentários
-
Intimista e delicado
Lucy passa 9 semanas internada num hospital. Durante este tempo, recebe a visita da mãe e com ela fala sobre vários acontecimentos ocasionais e aleatórios das suas vidas e divaga pessoalmente pelos seus pensamentos e sentimentos sobre estes outros tantos acontecimentos da sua vida. Um livro sobre relações interpessoais, (maioritariamente mãe e filha) e como estas são marcadas pelas vivências na infância. Lucy diz-nos muito de si mas deixa-nos também uma sensação de outro tanto que ficou por dizer. Foi a minha estreia com Elizabeth Strout e gostei muito da escrita delicada e intimista. Lerei os próximos livros sobre esta bela personagem na esperança de que seja ainda mais aprofundada.
-
Um livro morno
Um livro adequado para quem gostou de "As velas ardem até ao fim" ou "A balada de Adam Henry". Durante a conversa entre uma filha e a sua mãe, no hospital, onde Lucy ( a filha) recupera de uma doença, ficamos a conhecer o percurso de Lucy e da sua relação com a mãe, do seu passado e de como este a afetou irreversivelmente. Ficou aquém das minhas espectativas, principalmente pela falta de coesão entre algumas partes discurso.
-
Um dos melhores livros do ano 2016
Um romance que se lê num ápice. Apesar de ser um livro curto tem a capacidade de nos fazer reflectir sobre o que acabamos de ler durante bastante tempo. Lucy Barton, após ficar hospitalizada, recebe a visita, inesperada, da sua mãe que já não via há muitos anos. As duas recordam o passado e falam de tudo menos do essencial em qualquer relação afetiva: dos sentimentos. É, portanto, uma história sobre relações familiares e falhas de comunicação. É também um elogio à literatura, pois foram os livros que fizeram Lucy Barton sentir-se menos só durante a sua infância.
- ver menos comentários ver mais comentários
A escrita de Elizabeth Strout, não é complexa, não é apurada, muito menos é poética… é simples, directa, pouco explicativa, e nunca condescendente para com o leitor… mas quem disse que a boa literatura precisa de mais?!?!?! De resto, temos relações (ou ausência delas) entre mãe e filha, pai e mãe, marido e mulher… crescimento, pobreza, guerra, traumas, medos… vidas…