O Hussardo
de Arturo Pérez-Reverte
Sobre o livro
O primeiro romance de Arturo Pérez-Reverte, agora numa edição revista pelo autor.
Andaluzia, 1808. Numa terra assolada pelo horror da guerra, Frederic Glüntz, jovem oficial do regimento de cavalaria de Napoleão, prepara-se para a sua primeira incursão num campo de batalha. Na iminência do combate contra um exército aguerrido armado até aos dentes e disposto a morrer pela sua terra, os ensinamentos recebidos por Glüntz na escola militar parecem distantes. Rapidamente, uma realidade carregada de terror e sangue acabará por se impor, conduzindo o jovem hussardo a uma reflexão sobre a morte e o sentido da vida. Para trás ficam os seus ideais românticos de glória e heroísmo, derrotados face à crueldade da guerra.
A eterna luta entre idealismo e realismo, em que este último se impõe graças a uma das mais elementares razões humanas - a sobrevivência -, é aqui retratada em toda a sua crueza e impiedade, mas também com todo o talento e mestria a que Arturo Pérez-Reverte já nos habituou.
Teresa d'Ornellas, Abril de 2006
" 'O Hussardo' é um romance escrito em campo aberto. Gritado a plenos pulmões. Tingido de cores plúmbeas onde o sangue e as vísceras de homens e cavalos se misturam como pigmentos. Grandes frescos de guerra que o escritor não se esquece de focar no drama pessoal: 'Era ele, Frederic Glüntz, de Estrasburgo, quem tinha matado pela glória e pela França e que agora estava deitado na lama, num bosque sombrio e hostil, transido de frio, com fome e com sede, com a pele a arder-lhe de febre, só e perdido. Não era Bonaparte quem estava ali, pois claro que não. Era ele. Era 'ele'.'"
Rui Lagartinho, Público, Mil Folhas
"Um relato intenso e hábil que figura hoje, para mim, como o melhor do conjunto da sua obra. A história pode prender-se com o desenrolar de batalhas mas é, sobretudo, uma reflexão sobre o sentido da vida e a condição humana face a situações extremas."
El Mundo
"Arturo Pérez-Reverte demonstrou com o extraordinário O Hussardo que é possível escrever excelentes romances históricos em Espanha."
El País
"Neste seu primeiro romance, denso e impetuoso, Pérez-Reverte transforma esta experiência sobre o regresso à selvajaria numa obra de arte inesquecível."
Le Temps