O Hissope
Poema Herói-Cómico
de António Dinis da Cruz e Silva
Sobre o livro
Nos idos de 1768, o Deão da Sé de Elvas, José Carlos de Lara, deixa de oferecer o hissope ao Bispo, Lourenço Lencastre, como costumava. O facto provoca a ira do Bispo, que consegue que o cabido catedralício o penalize por um comportamento tão pouco respeitoso. Este episódio agitou a cidade de Elvas quando Cruz e Silva aí exercia funções de magistrado. Partindo desta "bagatela", o árcade critica, no Hissope, a vaidade clerical, o seu relaxamento moral, os seus costumes mundanos, a sua ignorância, o seu nocivo ascendente sobre determinados grupos sociais.
A obra é-nos apresentada, neste livro, em edição crítica, analisando e fazendo a cartografia do amplo processo de evolução e difusão do poema. Esta edição é da responsabilidade de Ana María García Martín e Pedro Serra, ambos professores da Universidade de Salamanca.