Negócios da China
Como a Troika abriu a porta à venda das empresas de bandeira, a invasão do investimento chinês e os novos donos disto tudo.
de Anabela Campos e Isabel Vicente
Grátis
Sobre o livro
E agora, para onde caminha Portugal?
Fica a questão, depois de nos longos e difíceis anos da Troika,
Portugal ter vendido as empresas de bandeira e boa parte das
grandes sociedades nacionais terem sido compradas por capital
estrangeiro, à partida menos sensíveis ao futuro da economia
portuguesa. Um cenário que chega até nós enquadrado numa infeliz
tempestade perfeita em que desaparece do mapa o grupo empresarial
mais influente da sociedade portuguesa, o Grupo Espírito Santo, um
universo de 400 empresas, arrastando consigo a majestática Portugal
Telecom e muitas outras sociedades com menos visibilidade
mediática. Não há capital em Portugal e os empresários estão falidos.
Por isso, a alternativa, quando a venda se impõe, é procurar
interessados no exterior. Afunilaram-se assim as oportunidades de
escolha - vendeu-se a quem apareceu, à pressa e, por vezes, a preço
de saldo. Perdeu-se pelo caminho o controlo dos centros de decisão,
durante décadas defendidos, e até protegidos, em benefício dos
empresários do regime. Desapareceram nos últimos anos centenas de
milhares de empregos, grande parte deles qualificados. Os
portugueses voltaram a emigrar em massa. O país transformou-se.
QUEM SÃO OS NOVOS DONOS DE PORTUGAL?