Não Sou Eu Que Grito
de Jozsef Attila
Sobre o livro
O que espanta na primeira abordagem à poesia de Attila Jozsef, é a sua franqueza, a sua brutalidade até, a sua maneira directa. Notar-se-á o quanto as suas imagens cintilam como que fora da sua dura vida: elas são bebidas na sua experiência de miserável, de ser errante, de militante, marcada pelo seu país. Ele tem o dom de exultar, de elevar qualquer coisa ao nível em que a derrota pessoal se torna vitória sobre a infelicidade. Ele denuncia sempre, e precisamente em nome do alto nível que atinge no poema, muito mais do que em nome dos princípios previamente admitidos. Por essa mesma acção, denunciando, ele anuncia. Anuncia como poeta.