Livro das Quedas
de Casimiro de Brito
Sobre o livro
Segundo título desta nova colecção consagrada aos grandes nomes da poesia nacional e internacional. Agora com Casimiro de Brito, poeta que "desde os seus primeiros textos, evidencia uma imagística obsessiva de que [se destaca] o silêncio, a erosão, o pó, a água, a terra, a mulher..." (Annabela Rita, estudiosa do poeta). As capas desta colecção, dada a sua beleza visual, estarão em exposição no Instituto Camões.
"A unidade interna [de Livro das Quedas] é conseguida no retomar de versos e recuperar de imagens, mas principalmente pela evidência que se vai construindo no entretecer de poesia e História. História com maiúscula, dos acontecimentos e lugares do mundo, dos nomes e referências literárias, das citações, a entrelaçar-se com episódios de uma biografia que passou a ser meramente poética: ' Em Delfos, sob as oliveiras,/ partilhámos em silêncio/ um segredo: imortais/ por um momento. Depois veio o medo, vieram as palavras,/ a corrupção. O corpo amante regressou/ ao luto e às estrelas' (pág. 76)"
Helena Barbas, Expresso
"Nestes poemas atinge o autor de Labyrintos as suas mais belas exposições. Veja-se, como um dos muitos exemplos que se poderia dar, o poema 53: ' Sentado na sua casa branca/ onde não acontece nada/ um homem pergunta ao sol:/ Se a morte não existe,/ se tudo é canto e glória,/ se no sal repousa a vertigem,/ onde se acumula o pó?'"
Jornal de Letras