Justiça e Delinquência
Um contributo da sociedade civil em sede de política criminal, num país onde começa a não ser possível respirar e viver
de Hernâni Carvalho, Paulo Sargento, Francisco de Almeida Garrett, Rui Rangel, Manuel Augusto Meireis, Maria Clara Oliveira, Rui da Silva Leal, Maria dos Santos Ribeiro, Marta Daniela Seixas e Gonçalo Amaral
Grátis
Sobre o livro
Com o livro Justiça e Delinquência, a Fronteira do Caos Editores dá início a uma nova colecção intitulada Critica ao Portugal Contemporâneo. O conceito editorial rege-se pelos princípios da critica construtiva e intelectualmente sólida, levada a efeito por autores de grande craveira intelectual e com responsabilidades nas mais diversas áreas do saber, da organização do Estado e do meio académico. O grande objectivo será levar ao leitor reflexões de qualidade que identifiquem os problemas e apontem soluções, rejeitando liminarmente a critica destrutiva e a maledicência, tão em voga nos dias que correm, simultaneamente tão prejudiciais à nação e ao Estado. Desta forma pretendemos contribuir para um futuro melhor, uma esclarecida opinião e, acima de tudo, para uma correcta análise dos problemas, sem nunca perder de vista a enorme vontade que todos têm de fazer parte da solução e nunca do problema. Desta forma, estamos convencidos que construiremos um futuro melhor, mais justo e mais equilibrado.
Coordenador da P.J. Aposentado Durante décadas, a investigação do furto foi considerada, com justa razão, a “escola de polícia”, pretendendo dizer-se, com tal afirmação, que a investigação daquele tipo de criminalidade permitia às polícias conhecerem o fenómeno de uma forma profunda, contactando com as vítimas e os gatunos, adquirindo saber e informação. Ao ver-se privada de investigar a generalidade dos furtos, a Polícia Judiciária assistiu, impotente, ao encerramento daquela “escola de polícia” e, identicamente, ao fim inglório de uma fonte de informação fundamental….
O combate à criminalidade violenta e organizada é efectuado de forma casuística. Não se previne. Não se detecta. Espera-se que os crimes nefandos aconteçam. Depois se verá.
RUI RANGEL
Juiz Desembargador A violência que está associada aos fenómenos de criminalidade instalou-se nos mais diversos graus ou formas e minou todo o tecido social, todas as zonas urbanas e rurais. Já não é só um fenómeno que atinge certas franjas sociais, certas camadas da população ou os chamados bairros problemáticos. Atinge toda a sociedade. É preciso inverter a dinâmica dos malfeitores que, aos poucos, vai conquistando mais e mais terreno.
PAULO SARGENTO DOS SANTOS
Psicólogo Muito se tem falado em delinquência juvenil, mas pouco se tem feito para modificar os modelos que preconizam o herói como aquele que derruba Adversários (fazendo jus à metáfora da competição) e transformá-lo naqueles que o sugerem como aquele que conquista mais Amigos (fazendo jus à metáfora da solidariedade).
HERNÂNI CARVALHO
Jornalista e Psicólogo Criminal O crescimento do número de notícias sobre o aumento generalizado da criminalidade foi-se avolumando ao longo dos anos sem que nos diversos parlamentos e governos constituídos em Portugal alguém tivesse querido tomar conhecimento disso. E diga-se, para que a verdade fique fielmente abonada, que quando esses finalmente “acordaram” para o problema, já o Sol ia alto.