Ilustradores do Quixote na Biblioteca Nacional
Sobre o livro
Por ocasião do IV centenário da publicação de Don Quijote de la Mancha , obra editada, em 1605, em Madrid e, logo a seguir, ainda no mesmo ano, em Lisboa, a Biblioteca Nacional associa-se à comemoração da efeméride, através deste catálogo da exposição que então teve lugar. Já de si, o livro justificaria esta iniciativa com que se pretende evocá-lo e divulgá-lo. O seu relevo na história da literatura enquanto marco de chegada à modernidade, a projecção que de imediato alcançou por todo o mundo enquanto expressão e quinta-essência do humanismo, o fascínio que continua a suscitar à legião dos seus leitores e comentares enquanto obra clássica e intemporal, tudo isso era mais do que suficiente para assinalarmos a data. Mas o Quijote, além disso, é também o livro dos livros, o livro que melhor encarna o espírito das bibliotecas. Dentro das bibliotecas, D. Quixote está, por conseguinte, no seu lugar natural, o lugar onde se acolhem as múltiplas figuras que dos livros emigram para a imaginação do fidalgo. Mas D. Quixote é também, ele próprio. Uma dessas figuras, uma figura que se apresenta de múltiplos modos aos olhos dos leitores e dos muitos artistas que nela se inspiraram.