Escritos sobre o Terramoto de Lisboa
de Immanuel Kant
Sobre o livro
Ao trazer o terramoto de Lisboa da esfera do transcendente para o domínio da ordem natural, Kant tentou mostrar-nos que, ao invés de procurar no desastre significados ocultos, deveríamos antes aperfeiçoar formas de coexistir com o risco da sua repetição. A mensagem continua actual, mormente porque os destinatários se revelam renitentes.
O jesuíta Gabriel Malagrida, némesis de Sebastião José de Carvalho e Melo, comentou nos seguintes termos a hipótese de o terramoto ser um fenómeno natural: «Nem o Diabo inventaria uma maneira mais certa de nos levar à perdição.» A mensagem de Malagrida, mais do que a de Kant, terá ficado plasmada na memória colectiva dos portugueses. Razão de sobra, se outras não existissem, para ler o que Immanuel Kant e outros expoentes do Iluminismo escreveram sobre o terramoto de Lisboa de 1755.
(Do Posfácio)
Índice
Prefácio
Escritos sobre o Terramoto de Lisboa
Acerca das causas dos tremores de terra, a propósito da calamidade que, perto do final do ano passado, atingiu a zina ocidental da Europa
História e descrição natural dos estranhos fenómenos relacionados com o terramoto que, no final do ano de 1755, abalou uma grande parte da Terra
Considerações adicionais acerca dos tremores de terra que, de há algum tempo a esta parte, se têm feito sentir
Posfácio
Sara Figueiredo Costa