Era uma vez uma menina chamada Inês, que com os seus quatro anos já ambicionava coisas tão grandes como aqueles prédios que tocam a lua. O objetivo era provar a todos que as contas de matemática não deviam ser assim tão difíceis para o irmão mais velho ter dificuldades, pelo que, o plano passou por decidir adiantar o relógio uns anos e ir para a escola. O que era precisava para isto? Óbvio! Pintar os lábios de vermelho para ninguém notar que Inês tinha ainda apenas cinco anos, recolher numa mochila tudo aquilo que fosse preciso, ou seja, lápis de cor, cadernos e notas do monopólio para pagar o transporte, e claro, sem que a
avó notasse a sua ausência. Naquela altura Inês foi até ao fundo da sua rua, mas os carros faziam muito barulho e a mãe podia ter saudades. Ups, por falar em mãe… Isso, ela apareceu ao fundo da rua e não parecia muito feliz! Deve ter sido por causa de Inês ter usado o seu baton sem pedir autorização, só pode! E quem é esta Inês? A mesma que hoje vos escreve! E porquê a mesma? Bem… Como deu para entender, desde sempre fui uma pessoa extremamente teimosa e criativa. Aprendi muito com os meus pais: Justiça, Solidariedade, Respeito, Humildade e Empenho são, possivelmente, os valores mais fortes que em mim cultivaram durante a minha infância e são por eles que me rejo ainda hoje. Em 2013
optei pelo curso de Gestão na Faculdade de Economia do Porto, não só pelo seu prestígio, mas porque sempre vi em mim capacidades de liderança. Com a entrada na primeira empresa júnior social do país, a U.DREAM, apaixonei-me por pessoas e decidi que a minha missão passaria por criar impacto junto dos outros. Continuei a minha formação ao investir num Mestrado em Gestão de Recursos Humanos na Universidade Católica do Porto que estou hoje a terminar. Ao longo dos meus anos da faculdade assumi papéís de destaque nas organizações estudantis a que pertenci e um evento em especial, cuja produção, logística, conceção criativa, escrita e atuação passou toda por mim marcou-me para sempre. Sim, a história que hoje vos envio em forma de manuscrito teve uma peça no contexto da U.DREAM realizada na Exponor. O objetivo a longo prazo é tornar-me uma excelente profissional, sendo que atualmente, com 22 anos, trabalho numa multinacional. Contudo, quero complementar essa minha atividade com outros projetos, tenho muitas ideias e acredito que é mais fácil tirarem-me a cabeça do que uma ideia dela. Para além disto tudo, e após um ano como for
manda e de uma missão de voluntariado internacional em Cabo Verde, pertenço à Direção do GAS’África. Acredito que temos de sair de casa, da nossa zona de conforto, conhecer a realidade que se passa não só na nossa rua, mas no mundo, que é a nossa verdadeira casa. Quero aproveitar o tempo que tenho para transmitir estas e tantas outras ideias às pessoas que me rodeiam nesta coisa estranha a que chamamos vida.
Isto é um pouquinho de mim, do que fui, sou e espero ser.(...)