Dublinesca
de Enrique Vila-Matas
Sobre o livro
Samuel Riba considera-se o último editor literário e sente-se perdido
desde que se retirou. Um dia tem um sonho premonitório que lhe indica
claramente que o sentido da sua vida passa por Dublin. Convence então
uns amigos para irem ao Bloomsday e percorrerem juntos o próprio
coração do Ulisses de James Joyce.
Riba oculta aos seus companheiros duas questões que o obcecam: saber
se existe o escritor genial que não soube descobrir quando era editor e
celebrar um estranho funeral pela era da imprensa, já agonizante pela
iminência de um mundo seduzido pela loucura da era digital. Dublin
parece ter a chave para a resolução das suas inquietações.
Neblina e mistério. Fantasmas e um humor surpreendente. Enrique Vila-
Matas regressa com um romance que parodia o apocalíptico ao mesmo
tempo que reflecte sobre o fim de uma época da literatura. Um romance
deslumbrante, aberto às mais diversas leituras, uma verdadeira prenda
povoada de surpresas. Simplesmente genial.
José Mário Silva, Expresso