Do Capitalismo para o Digitalismo
de Maria Rosa Redondo e Fernando Penim Redondo
Sobre o livro
Já há talvez demasiados livros que abordam, de forma sensacionalista, o impacto social das tecnologias da informação e da comunicação. Do Capitalismo para o Digitalismo, cujos autores conviveram ao longo de dezenas de anos com os avanços tecnológicos, dispensa-se de fazer mais uma descrição. Em vez disso, procura desvendar os mecanismos que, insensivelmente mas de forma imparável, actuam ao nível das relações de produção no sentido de superar, para o bem ou para o mal, a sociedade capitalista em que todos nascemos. Pretende mostrar por que razão o trabalho assalariado, quase sempre repetitivo, atravessa urna profunda crise que as pessoas e as instituições tardam em reconhecer. Face às perplexidades da transição em que vivemos, propõe que repensemos muitas das ideias feitas e mesmo as teorias que têm enformado a análise social e a luta política e sindical. Partindo do paradigma marxista das relações de produção, nunca ultrapassado por qualquer concepção com o mesmo grau de profundidade e de coerência, esboça o seu reajustamento à luz dos desenvolvimentos tecnológicos registados nos últimos decénios do século XX. Se a informação e o conhecimento se tornaram a chave do progresso em consequência da revolução digital e estão a moldar uma sociedade nova, então, segundo os autores, devemos tentar influenciar os seus contornos e potencialidades.