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Sobre o livro
É a voz de um jovem no Japão do pós-Segunda Guerra Mundial aquela que se confessa neste livro. Um jovem com uma infância solitária, que fracassa no amor quando se envolve com uma colega da irmã, que obsessivamente reflete sobre a morte e sobre a beleza e que é dominado por um brutal desejo de um outro rapaz, cujo corpo imagina perfurado de setas, tal como o São Sebastião de Guido Reni. Um jovem que, no rígido Japão imperial onde não há lugar para impulsos transgressivos, tem de usar uma máscara, sempre, a todo o custo. Romance autobiográfico, poderoso e comovente, Confissões de Uma Máscara foi o segundo livro publicado por Yukio Mishima, então com 24 anos, e consagrou-o de imediato como um dos mais importantes autores japoneses do pós-guerra. A tradução para português, revista para esta edição, é de António Mega Ferreira.
Este relato semiautobiográfico de um jovem japonês que cresce na altura da Segunda Guerra Mundial é sem dúvida muito marcante. Ficamos a saber a história dele desde a infância até à vida adulta, através das suas confissões, algumas sobre aquilo que ele sente mas não devia pois foge à norma, outras sobre aquilo que ele gostaria que lhe acontecesse ao longo da vida, vendo as máscaras que este vai adotando para se integrar na sociedade rígida do Japão Imperialista. Faz-nos questionar se não utilizamos também essas máscaras no nosso quotidiano.