Cantos de Solidão
de Maria João Cantinho
Sobre o livro
Os Cantos de Solidão de Maria João Cantinho fazem eco de uma memória difícil de explicar ("um tempo interior que às vezes dói muito…"), mas à qual podemos ficar presos, não conseguindo viver a vida. (Sobre)vivemos, então, numa imensa "solidão livre" que perigosamente se confunde com felicidade. Troca-se o dia pela noite, a luz pelas trevas, e procura-se uma "passagem" para um outro mundo, desconhecido, mas do qual não se teme. Receia-se somente viver o Tempo.
Maria João Cantinho confronta-nos com "um tempo que recorda o Tempo" de várias memórias humanas. No fim da viagem, avista-se um Anjo que "não tinha tempo (…) era a vida de cada dia, a música que suportava o tempo…", era, afinal, o Amor que trazia consigo a luz e apagava a dor.