As Finanças da Europa e a Política do Ambiente
de António Carvalho Martins
Sobre o livro
À guisa de bosquejo arqueológico relativo à problemática, refira-se que a interdependência das nações se traduziu, durante muito tempo, sobretudo, no plano comercial e monetário. De facto, de longa data, os bancos centrais de diversos países actuaram concertadamente em situações de crise. No entanto, particularmente depois de 1914-1918, a diversidade das políticas monetárias nas diversas nações, não podia determinar, sem mais, as actuações internacionais assim caracterizadas.
Aprovando ou não, reconhece-se uma evidenciada tendência de internacionalização monetária. Do mesmo modo se pode questionar a existência de uma análoga tendência em matéria de finanças públicas, quer dizer, se do facto da interdependência das economias nacionais, e de maneira particularmente clara depois de 1939, os poderes públicos de um país, não poderão estabelecer as suas despesas e receitas, sem ter em conta as despesas e receitas dos outros países, mas ainda, se as receitas públicas provenientes de um Estado não influenciam, de alguma maneira, as despesas públicas de uma outra nação. Com efeito, as receitas e as despesas públicas perderam o seu carácter estritamente nacional e territorial...