Antropologia da Memória
de Joöel Candau
Sobre o livro
A memória está no centro de inúmeros domínios que interessam tanto à antropologia como à sociologia: património, processos identitários, comemorações, tradições, folclore, narrativas de vida, genealogia, transmissão de saberes e de saber-fazer, etc. Na realidade o «tropismo memorial» encontra-se por todo o lado, antes de mais com o seu próprio pensador. Assim, torna-se importante questionar: «a memória constitui que tipo de objeto científico?». E, antes de tudo, procurar saber o que se entende por memória. Trata-se de fenómenos mnésicos atestados apenas ao nível dos indivíduos? Ou, também, da equívoca noção de memória coletiva? E, neste caso, qual a verdadeira natureza da partilha das representações do passado, específicas de um grupo ou de uma sociedade? Através de respostas documentadas e argumentadas a todas estas questões esta obra determina o campo da antropologia da memória. Após apresentar as bases indispensáveis - biológicas, psicológicas e filosóficas - introduz uma dimensão essencial: o esquecimento. Na realidade, a memória é uma faculdade cujos produtos são a recordação e o esquecimento. Encontramos esta ambivalência da memória explicada ao longo dos capítulos da segunda parte do livro, inteiramente consagrados aos múltiplos usos sociais e culturais do passado.
Esta é uma obra dirigida a estudantes, professores e investigadores de antropologia, filosofia, sociologia, história, bem como a todos os que se interessam pela antropologia, nomeadamente aqueles que se preocupam com as problemáticas memoriais: património, museologia, mediação e transmissão cultural, história moderna e contemporânea.