Grátis
Sobre o livro
A Brhadaranyaka Upanishad ou a Grande Upanishad da Floresta pertence ao grupo das Upanishads Principais, sendo a maior delas e, talvez, a maior de todas dentre as 108 Upanishads consideradas como as mais fiéis à tradição vêdica pela Mukti Upanishad. Teria sido escrita entre 1000 e 800 a.C., sob a forma de prosa antiga. A palavra Upanishad é de origem sânscrita e significa sentar-se com humildade, em plano inferior. Trata-se de uma alusão ao fato de o discípulo sentar-se aos pés do mestre, com humildade, para ouvir.
As Upanishads são consideradas, pela tradição hindu, a mais profunda essência da tradição filosófica da antiga sabedoria dos Vêdas. Elas são a chave de acesso ao aspecto mais profundo do ser humano, aquilo que os rishis ou antigos sábios da Índia chamaram de Âtman, a essência de tudo, que está em tudo e não apenas no ser humano. São textos que procuram expressar com palavras aquilo que está além delas, além do pensamento racional. Os ensinamentos contidos nas Upanishads são um mistério profundo.
Eis alguns temas desta obra: Linha discipular ou sampradaya; O caminho da alma que parte; Meditação em Brahmân como a mente; Meditação da comida e na força vital; Meditação na força vital; Meditação no sagrado Gâyatri Mantra; Prece para a pessoa que está morrendo; O processo de renascimento; Ritos para obtenção da saúde, e Concepção dos ritos e nascimento das religiões. Neste livro, Tinoco mostra mais uma vez seu vasto conhecimento sobre a tradição vêdica. "Os textos das Upanishads são considerados um mistério profundo, mas tal conhecimento pode ser alcançado ou percebido por muitas pessoas, especialmente por intermédio de um mestre ou guru que já o conheça, ou por meio de uma prece, de um ritual, do silêncio ou da prática do Yoga", ressalta.
Ele explica que a palavra Upanishad é do gênero feminino. Não se deve dizer os Upanishads, e sim as Upanishads.
A Grande Upanishad da Floresta trata de diversos temas, entre os quais: o caminho da meditação ainda está associado a sacrifícios rituais; o sacrifício do cavalo (ashvamedha), em que a esposa do sacerdote simula uma relação sexual com o cavalo morto, logo antes de ser retalhado e cozido. Assim, o paralelo com o simbolismo sexual do Tantra é evidente nesta obra, que trata ainda sobre o Prana e seu papel; os três aspectos do Universo; aspectos relativos de Brahmân; conversas sobre temas espirituais com Yajnavalkya, o sábio mais importante da Brhadaranyaka Upanishad, e muito mais.