A Geometria do Amor
Na luta contra o cancro
de Luís Quintino
Sobre o livro
Porto, 2007, véspera de Natal. Havia um concerto dos Clã, na Casa da Música, desmarcado ao final da tarde. E muitos sonhos por cumprir...
Nesta época do ano, carregada de memórias, o tempo corre sempre devagar.
Nesse dia, à semelhança de outros dias, aquele telefonema foi um gesto puro. De cuidado, de pai para filho. Um gesto meigo e previsível. Mas foi aí que tudo mudou.
Com a escrita deste livro procuro apontar para o predomínio da transcendência sobre a realidade. Procuro formas subtis de lidar com uma realidade extremamente adversa. E de lidar com a saudade.
Tudo pecou por ser excessivo e a atitude mais fácil será desejar esquecer. Poderá ser normal, mas não é o meu caminho.
Do lado de cá da janela do quarto do Luís, de onde o exterior lhe parecia violeta, cruzam-se milhares de itinerários individuais que se ignoram uns aos outros. Tratar-se-á de um lugar ou apenas de um sítio?
Procuro tornar o esquecimento incapaz, desejando que estas linhas possam ajudar outros em situação semelhante.