A Devoradora de Pecados
de Megan Campisi
Grátis
Sobre o livro
A devoradora de pecados caminha entre nós, Ninguém a vê, ninguém a ouve.
Os pecados da nossa carne tornam-se nos seus pecados, Seguem-na até à cova.
Pelo crime de roubar pão, a jovem May recebe uma sentença para a vida: deve tornar-se numa Devoradora de Pecados - uma mulher proscrita, brutalmente marcada, cujo destino é ouvir a confissão final dos moribundos, ingerir alimentos que simbolizam os seus pecados como rito funerário e assim acolher as suas transgressões para conceder às suas almas acesso ao céu.
Órfã e sem amigos, aprendiza de uma Devoradora de Pecados com quem não pode falar, May tem de trilhar o seu caminho num mundo cruel e perigoso que não compreende. Quando um coração de veado aparece na urna de um moribundo que não confessou o pecado mortal que o alimento representa, a Devoradora de Pecados recusa-se a ingeri-lo. É levada para a prisão, torturada e morta. Para vingar a sua morte, May terá de descobrir os responsáveis por uma ameaça que nas sombras põe em perigo o futuro de
uma nação.
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Comentários
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Viciante
May tem apenas catorze anos quando, após ter roubado um pão, é condenada a tornar-se devoradora de pecados e acaba por se juntar à devoradora principal. No entanto, numa das cerimónias de comer, encontram um alimento, cujo pecado não foi confessado e, a devoradora principal recusa-se a comê-lo (ao contrário de May), acabando por ser presa e morta, ficando May sozinha, e levando-a a tentar descobrir quem esteve por detrás de tal acto. Ao contrário do que pensava, este livro não é um romance histórico mas sim fantasia histórica, pois, estamos num país criado pela autora mas com inspiração inglesa e da corte Tudor. A autora inspirou-se também em Devoradoras de Pecados quem até há pouco mais de um século existiam na Bretanha. Temos uma narrativa mais sombria, com estas mulheres que comem determinados alimentos que simbolizam os pecados de quem está prestes a morrer. Mulheres estas que vivem à margem da sociedade e que sentem na pele a discriminação. Temos também muito presente na história a parte da figura de Eva, e dos seus pecados. Foi, sem dúvida, uma leitura intensa e que me fez revolver o estômago algumas vezes. Para além da mistura entre o histórico e a fantasia, a autora criou também uma narrativa com muitos segredos e, claro, crimes que temos que desvendar. Senti que houve algumas perguntas que ficaram por responder e gostaria de ter ficado a conhecer melhor a devoradora principal mas, mesmo assim, foi uma leitura viciante!
Primeiro estranha-se, depois entranha-se, é a descrição perfeita para este livro, porque a autora criou um mundo tão diferente, mas tão igual ao nosso, eu sei que estou a me contradizer, mas o livro é isso é um autêntico paradoxo. Acompanhamos o crescimento da personagem (May), que é tão frágil, ingénua até infantil a se tornar numa mulher decidida e responsável, capaz de tomar as suas próprias decisões e neste período, reconhecemos todo o jogo político, as traições, a disparidades de classes e abuso de poder e isto tudo num ambiente fétido. Recomendo