100 Poemas nos Cem Anos de António Aleixo
de Manuel Antunes Marques
Sobre o livro
Introdução
Perpetuar a memória dos heróis, poetas e escritores é um dever não só das Instituições Públicas, mas também dos cidadãos do País, estejam eles em território nacional ou estejam "vagueando" pelo mundo.
A forma de perpetuar essa memória é diversa. A mais nobre é que coloca o herói num pedestal, maior ou menor, cuja figura reflicta a pessoa que se quer imortalizar. É a estátua a forma que mais impacto tem junto das populações.
Outra maneira é feita através da toponímica das cidades, vilas e aldeias, dando o nome de homens ilustres às ruas, praças e avenidas.
Existem ainda outras maneiras, como a divulgação da sua obra através de livros, colóquios e conferências.
Um outra forma é continuar a sua obra.
O autor já escreveu o Poema "Os Lusos", obra camoniana na continuação d’Os Lusíadas, recentemente editada, que nos doze cantos descreve toda a História de Portugal, desde o nascimento de D. Sebastião até à Constituição de 1933. Da mesma forma, neste livro, o autor continua a obra de António Aleixo, em comemoração do centenário do seu nascimento.
António Aleixo foi um dos maiores poetas populares portugueses, cuja poesia, rica de conteúdo, está condensada em dois livros que nos deixou. Homem do povo, pobre e quase analfabeto, teve o condão de saber transferir as agruras da vida para a poesia, dando a conhecer uma filosofia que não se aprende em qualquer compêndio, mas é vivida e sofrida no dia-a-dia.
Para continuar a obra de António Aleixo, o autor glosou algumas quadras dos seus livros, dando ao poema uma forma diferente, ao mesmo tempo que se misturam dois pensamentos poéticos:
O pensamento de António Aleixo, cujo mote reflecte a sua maneira de sentir;
As glosas que, enquadradas no mote, dão uma nova forma à poesia de António Aleixo, sem contudo a desvirtuar.
O autor