Sob O Mate Derramado
Crônicas De Um Chimarrão Urbano
de Daniel Finkler
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Sobre o livro
Com pouco tempo para quase tudo, a pressa passou a orientar as pessoas. Dessa forma, quase tudo recebe o nosso pouco tempo, que é quase nada, e a paciência, inimiga da pressa, nem mesmo chega a florescer. Quase tudo se torna um "quase-eterno" perdido num oceano de notificações, curtidas e likes. Mas o chimarrão é primo da calma e irmão da paciência. Você não vai a uma cafeteria qualquer — como nosso coirmão, prático e ligeiro — e pede um chimarrão. Para beber um mate, você precisa de cinco itens indispensáveis, precisa aquecer a água e aprender a "montá-lo" na cuia. Além disso, é preciso de, pelo menos, quatro cuias (beba sozinho) para que você sinta o valor de um chimarrão. Ele nos chama para a contemplação. Ele nos pede para exercitar a paciência e estancar um pouco da falta de atenção. As histórias deste livro são inspiradas na vida de um chimarrão urbano e, no geral, fazem parte dos resultados da falta de paciência atual. Mas o chimarrão possui um poder especial: ele nos faz lembrar, a cada dia, que "o essencial é invisível aos olhos" e que essa voz, soando baixinho em nossa alma, é a voz dos nossos antepassados tentando nos ensinar um pouco sobre a vida de agora.