Gênero, Vulnerabilidade E Autonomia
Repercussões Jurídicas
de Vítor Almeida, Vanessa Correia Mendes, Agustina Palacios, Inmaculada Vivas Teson, Fernanda Nunes Barbosa, Nelson Rosenvald, Ana Carla Harmatiuk Matos, Ana Carolina Brochado Teixeira, Ana Luiza Maia Nevares, Ana Paula Barbosa-Fohrmann, Luana Adriano Araújo, Joyceane Bezerra De Menezes, Heloisa Helena Barboza, Livia Teixeira Leal, Caio Ribeiro Pires, Paula Moura Francesconi De Lemos Pereira, Rolf Madaleno, Sofia Miranda Rabelo, Tânia Da Silva Pereira, Luiz Edson Fachin, Luciana Dadalto, Daniel Bucar, Fabíola Albuquerque Lobo, Luciana Brasileiro, Adriana Vidal De Oliveira, Aline De Miranda Valverde Terra, Aline Veras Morais Brilhante, Ana Beatriz Lima Pimentel Lopes, Ana Frazão, Ana Paola De Castro E Lins, André Luiz Arnt Ramos, Andreza Cássia Da Silva Conceição, Caitlin Mulholland, Carlos Nelson Konder, Christina César Praça Brasil, Cíntia Muniz De Souza Konder, Claudia Lima Marques, Daniele Chaves Teixeira, Desdêmona Tenório De Brito Toledo Arruda, Gustavo Câmara Corte Real, Lígia Ziggiotti De Oliveira, Lutiana Nacur Lorentz, Marcos Alberto Rocha Gonçalves, Maria Aparecida Camargos Bicalho, Maria Celina Bodin De Moraes, Maria Cristine Branco Lindoso, Maria Rita Holanda, Mariana Santos Lyra Corte Real, Melina Girardi Fachin, Pedro Botello Hermosa, Rafaela Borensztein, Rose Melo Vencelau Meireles, Silvia Felipe Marzagão, Thamis Dalsenter Viveiros De Castro, Tiago José Nunes De Aguiar e Felipe Peixoto Braga Netto
Sobre o livro
O reconhecimento dos direitos de personalidade e a soma dos direitos fundamentais lastreados no princípio-garantia dignidade da pessoa humana não tem sido suficientes para debelar as práticas sociais discriminatórias em virtude de fatores como gênero, idade e deficiência. Persiste no imaginário social, a figura do sujeito de direitos abstrato, inserido na sua normalidade e autonomia insular que findam por diminuir e invisibilizar aquela pessoa que traz consigo um ou vários traços de vulnerabilidade. Quando fatores como gênero e deficiência se associam à certa condição social, nacionalidade e cor, potencializam as práticas de discriminação e de opressão das identidades, desafiando as doutrinas antidiscriminatórias. A sinergia entre essas diversas fontes de discriminação demanda que o enfrentamento também se faça de forma sistêmica, segundo o paradigma da interseccionalidade. Nessa perspectiva, a análise de gênero e deficiência como fatores de discriminação e vulnerabilidade no âmbito do direito privado, esbarrará, inequivocamente, na interseccionalidade – ou seja, na interação sinergética entre diversas modalidades de discriminação que vulnera ainda mais a pessoa. Mais vulnerável e espoliado em sua autonomia será aquele que sofre os efeitos sinergéticos de múltiplos fatores de opressão e discriminação.