101 Cromos Da Bola
de Rui Miguel Tovar
Sobre o livro
Nunca ninguém viu o primeiro golo de sempre exibido pela SIC. Ou pelo menos, nunca ninguém o viu na televisão. Foi um petardo de Balakov a Silvino, aos 12 segundos. E o canal privado, que se estreava naquele dia nos jogos televisivos, só mostrou a nuvem de fumo dos petardos que a claque benfiquista tinha lançado. Balakov é um dos 101 Cromos da Bola deste livro. Outro é Sousa Cintra, que o foi buscar ao desconhecido Etar da Bulgária. O mesmo dirigente que anos antes, no Cairo, "roubara" Amunike aos concorrentes do Duisburgo - numa história caricata que só se resolveu no aeroporto, com sportinguistas a puxarem o jogador por um braço e alemães pelo outro.
Rui Miguel Tovar desenterra as histórias todas do baú, apresenta 101 cromos, de treinadores (como Béla Guttmann ou Mourinho), de presidentes, e até de um árbitro, Jorge Coroado, que nunca perdoou a Canigia por lhe ter chamado "hijo de puta" no dérbi. Expulsão imediata, com custos pesados: ameaças de pistola e uma facada de um adepto enfurecido. "Falhou o alvo mas estragou-me o casaco", recordaria Coroado. "A sorte dele é que conseguiu fugir. O azar é que lhe fiquei com a faca."