Carlos Guardado da Silva
Biografia
Carlos Guardado da Silva é Doutor em História Medieval (2004), pela Universidade de Lisboa, e Agregado em Ciência da Informação (2016), pela Universidade de Coimbra. É Investigador do Centro de Estudos Clássicos e Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde dirige o mestrado em Ciências da Documentação e Informação, desde 2015. É Membro da Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais (SPEM), Académico Correspondente da Academia Portuguesa da História (APH), membro do Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão e Sócio da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM). É Vice-Presidente da Assembleia Geral da BAD – Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas e vogal da direção do Capítulo Ibérico da ISKO – International Society for Knowledge Organization. É, ainda, membro do Conselho Técnico Nacional da BAD e do Conselho Consultivo da Rota Histórica das Linhas de Torres. É coautor de diversos títulos, no âmbito da História, do Património Cultural e da Ciência da Informação.
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«Em 2008, o Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa participou na edição de um dos mais antigos cartulários portugueses, o Liber Testamentorum Coenobii Laurbanensis, copiado no primeiro quartel do século XII no mosteiro do Lorvão (Nascimento Fernández Catón, 2008). Não foi, obviamente, o único cartulário produzido no território português. Basta olhar para o extraordinário Livro Preto da Sé de Coimbra (Costa Augusto, 1999) ou o Liber Fidei sanctae Bracarensis ecclesiae (Costa, 1965 1990), entre algumas dezenas de outros exemplos, para perceber que o esforço de preservação documental está bem atestado no território português desde tempos relativamente precoces. Mesmo quando estes cartulários resultam de esforços de recuperação documental do século XII ou XIII, eles implicam a existência de uma anterior política de preservação dos documentos (com algum tipo de critério de selecção), sobretudo em âmbito monástico. a existência de um arquivo do rei tem também de ter sido relativamente precoce, desde seguramente os tempos de Afonso Henriques, sobretudo com Mestre Julião Pais, que permaneceu à frente da chancelaria régia entre os reinados de Afonso Henriques e Afonso II. Por sua vez, a chancelaria régia portuguesa teve de ter herdado as práticas documentais da chancelaria condal de D. Henrique e de D. Teresa (Azevedo, 1958; Costa, 1975, pp. 145-147). (…) Os primórdios do interesse pela documentação guardada em arquivos antigos surgem associados à publicação de grandes recolhas documentais, que na Península Ibérica se fez sentir principalmente a partir do século XVI. É, no entanto, sobretudo no século XVIII, com os eruditos da Academia Real da História e da Academia Real das Ciências, que se verifica um investimento maior na recolha sistemática e publicação de documentação, que exigia uma formação adequada nas emergentes disciplinas ou ciências da Paleografia e da Diplomática. o objectivo ainda não era tanto, na altura, a organização ou gestão dos arquivos de acordo com determinados princípios ou hierarquias, mas sobretudo garantir o acesso ao documento, quer na sua tipologia e reconhecimento quer na sua leitura e identificação de produtores.»
Rodrigo Furtado, do prefácio
Rodrigo Furtado, do prefácio
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