Vítor Lindegaard
Biografia
Vítor M. L. Santos nasceu em 1958 em Lisboa, entre a Graça e os Caminhos de Ferro. Mudou-se para a Rinchoa em 63 e foi na linha de Sintra que passou o resto da infância e uma adolescência de cabelo comprido. Quando acabou o liceu, começou uma vida algo vagabunda, sobretudo entre Portugal e França, com passagens pelo Québec e pela Suíça, onde aprendeu a cozinhar. Quem provou os seus petiscos e leu os seus textos sabe que, como Bulhão Pato, cozinha melhor do que escreve.
Ao fim de 10 anos de vagabundagem começou a estudar linguística e literatura na universidade. Se não se arrepende de ter estudado linguística, considera que o tempo que passou a estudar literatura foi tempo bastante mal empregado. Pergunta-se hoje muitas vezes porque não estudou antes física, química, biologia, matemática ou filosofia, por exemplo.
Fez muitas coisas na vida, para a ir ganhando como podia. Foi, entre várias outras coisas, pintor de montras, cozinheiro, roadie, letrista, professor e tradutor, mas há mais de duas décadas que se dedica quase exclusivamente a estas duas últimas actividades.
Saiu de Portugal em 1997 e costuma matar uma vez por ano as saudades que tem da garoupa, do cherne, da corvina e dos amigos (e só disso…). Vive desde essa altura com Karen Lindegaard, dinamarquesa de nacionalidade e agrónoma de formação, de quem recebeu o bonito apelido quando se casaram em 1999. Viveram em Moçambique, na Bolívia, na Dinamarca e voltaram há 4 anos a Moçambique, onde ainda vivem. Têm três filhos, Alexander, Joana e Siri. Pais e filhos comunicam em três línguas, dinamarquês, inglês e português, e não vêem nisso qualquer problema.
Ao fim de 10 anos de vagabundagem começou a estudar linguística e literatura na universidade. Se não se arrepende de ter estudado linguística, considera que o tempo que passou a estudar literatura foi tempo bastante mal empregado. Pergunta-se hoje muitas vezes porque não estudou antes física, química, biologia, matemática ou filosofia, por exemplo.
Fez muitas coisas na vida, para a ir ganhando como podia. Foi, entre várias outras coisas, pintor de montras, cozinheiro, roadie, letrista, professor e tradutor, mas há mais de duas décadas que se dedica quase exclusivamente a estas duas últimas actividades.
Saiu de Portugal em 1997 e costuma matar uma vez por ano as saudades que tem da garoupa, do cherne, da corvina e dos amigos (e só disso…). Vive desde essa altura com Karen Lindegaard, dinamarquesa de nacionalidade e agrónoma de formação, de quem recebeu o bonito apelido quando se casaram em 1999. Viveram em Moçambique, na Bolívia, na Dinamarca e voltaram há 4 anos a Moçambique, onde ainda vivem. Têm três filhos, Alexander, Joana e Siri. Pais e filhos comunicam em três línguas, dinamarquês, inglês e português, e não vêem nisso qualquer problema.
partilhar
Em destaque VER +
Faz de Conta que Histórias
Estas Faz de conta que histórias passam-se quase todas em sítios distantes, como Cajamarca, nos Andes, Normanton, no Golfo de Carpentaria ou Trivandrum, no estado indiano de Kerala, e retomam-se nelas personagens e motivos já muito antigos, como elixires maravilhosos, viagens no tempo, espelhos mágicos, deuses e mártires. O autor gosta de dizer que para real chega bem a realidade e que o que compete à literatura é inventar mundos que não haja no mundo, mas di-lo com um ar tal que ninguém chega a perceber se é realmente isso que pensa. Diz também que gostava que arrumassem este livrinho na secção da literatura fantástica, se é que existe tal secção nas livrarias, mas, de facto, só quatro dos nove contos é que são fantásticos - ou cinco, seja, se considerarmos que a ficção científica faz parte do fantástico (o autor defende no último conto que ela faz parte do sobrenatural…). Os outros três contam histórias possíveis, e um desses três subdivide-se até em quatro histórias tão possíveis que aconteceram quase como aqui são contadas. De muito original, os contos não têm nada. Ou antes sim, há um que tem: é a primeira vez que se pode ler uma história literalmente escrita no futuro.
Outra coisa que o autor destas histórias diz muitas vezes é que a reflexão que mais importa na vida é a reflexão moral (sobre o que se pode ou não fazer aos outros, sobre o que se deve ou não fazer-lhes) e é, pois, natural que haja escondida nestes contos alguma dessa reflexão. Mas não é nada que se note muito a uma leitura despreocupada, se é que se consegue mesmo notar…
Outra coisa que o autor destas histórias diz muitas vezes é que a reflexão que mais importa na vida é a reflexão moral (sobre o que se pode ou não fazer aos outros, sobre o que se deve ou não fazer-lhes) e é, pois, natural que haja escondida nestes contos alguma dessa reflexão. Mas não é nada que se note muito a uma leitura despreocupada, se é que se consegue mesmo notar…