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Penso que o poema mais lúcido do livro é o inaugural, cujo título foi emprestado de um texto do poeta Gastão Cruz, "Tinha deixado a torpe arte dos versos". A torpe arte dos versos? No que me diz respeito, uma incontinência mental, um erro incompetente! Mas então... qual é o objectivo? Servirá dizer que é a procura de novas técnicas de polir e metalizar palavras? Dificilmente, ou possivelmente. Mas posso esboçar pelo menos uma defesa parcial afirmando que no algo testamentário poema final, Clepsidra, havia um intuito bem definido: procurar algum aprofundamento no tema da irreversilidade e da sua constatação através da experiência de medição do tempo.