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O Decálogo VI - A Troca
Nova Iorque, 1902. Alice Fleury festeja os seus vinte anos. Uma residência opulenta, trajes de luxo, criados, aulas particulares… e incessantes querelas com os pais. Alice tem em mente um outro conceito de felicidade e, à companhia dos seus, preferia a Meg, sua antiga professora de desenho. Uma artista plena de vida que lhe desvendou outros horizontes… antes de soçobrar, por sua vez, numa inexplicável melancolia. Um dia, quando, na companhia de Meg, mergulha no desordenado acervo de um alfarrabista, Alice depara com Nahik, um soberbo livro antigo cujas ilustrações estranhamente lhe recordam a velha gravura que ornamenta o salão da sua casa.
O ciclo Decálogo, revelado em português por Edições ASA, é composto por dez álbuns, de leitura autónoma mas perfazendo um todo coerente. Cada um dos livros, sempre assinado por um desenhador diferente, propõe-se narrar, em abordagens cenográficas e temporais distintas, a demanda mística e arriscada da mesma obra imaginária - Nahik -, testemunho que assegura a transição entre episódios e fulgurante pretexto para Giroud dar conta, com todo um mundo de aventuras por pano de fundo, de todas as paixões que movem o homem desde a noite dos tempos bem como das angústias que o tolhem face ao Além e às suas relações com o Divino.
Os dez opus independentes - tantos quantos os mandamentos a que se reportam - têm por traço comum, para além da proficiência narrativa e da retórica de thriller e suspense que lhes está subjacente, o apelo singular da ilustração e, no cerne do argumento, um paradoxo irresolúvel: se Nahik comporta os mandamentos essenciais, fundamentos da paz, do amor e da humanidade, porque semeia em seu redor a destruição? É afinal Nahik um manuscrito sagrado ou um escrito maldito? Um tesouro bibliográfico, um instrumento político ou, sendo tudo isto em simultâneo, uma mera ponte entre dois seres com o devir do mundo por décor?
O ciclo Decálogo, revelado em português por Edições ASA, é composto por dez álbuns, de leitura autónoma mas perfazendo um todo coerente. Cada um dos livros, sempre assinado por um desenhador diferente, propõe-se narrar, em abordagens cenográficas e temporais distintas, a demanda mística e arriscada da mesma obra imaginária - Nahik -, testemunho que assegura a transição entre episódios e fulgurante pretexto para Giroud dar conta, com todo um mundo de aventuras por pano de fundo, de todas as paixões que movem o homem desde a noite dos tempos bem como das angústias que o tolhem face ao Além e às suas relações com o Divino.
Os dez opus independentes - tantos quantos os mandamentos a que se reportam - têm por traço comum, para além da proficiência narrativa e da retórica de thriller e suspense que lhes está subjacente, o apelo singular da ilustração e, no cerne do argumento, um paradoxo irresolúvel: se Nahik comporta os mandamentos essenciais, fundamentos da paz, do amor e da humanidade, porque semeia em seu redor a destruição? É afinal Nahik um manuscrito sagrado ou um escrito maldito? Um tesouro bibliográfico, um instrumento político ou, sendo tudo isto em simultâneo, uma mera ponte entre dois seres com o devir do mundo por décor?