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Lugares que o Sol Nascente Vê Primeiro
"A fotografia, quando documento de uma realidade no "começo do mundo", virginal entendimento do homem/natureza não é um documento qualquer. Dualidade que é "desenho", ressaltado, no gesto, do homem, em resposta ao movimento da Natureza. Em 1965, Manuel Casal Aguiar então, com a sua ingénita visão estética, sentiu-o para todo o sempre."
Júlio Resende
"Quando desembarcou em Timor, Manuel Casal Aguiar tinha consigo uma máquina fotográfica que lhe permitiu tirar o máximo partido dessa vantagem portátil e utilitária da fotografia que coloca todos os lugares ao alcance de todos os sujeitos. Revelação e fixação de um território desconhecido ao qual se agregava uma dimensão documental que, com o decorrer do tempo, teria ainda mais valor do que a própria realidade, entretanto já profundamente alterada ou mesmo desaparecida. Esse carácter documental não anula a dimensão comummente aceite da subjectividade da fotografia que manifesta nas escolhas de motivos, nos enquadramentos, na iluminação, uma triagem pessoal da realidade e uma visão ideológica do mundo. Situada no começo do projecto artístico de Manuel Casal Aguiar e instalada em perfeita correspondência com a pintura, a fotografia obriga a repensar o passado do relacionamento entre ambos os domínios e as variações de cada uma das linguagens e dos aspectos técnicos respectivos. A viagem, política e poética, tornou-se numa viagem da existência."
Laura Castro, in MANUEL CASAL AGUIAR Condição:viajante
"O conjunto de imagens participou na exposição OCEANIA realizada em Setembro de 2003 na Galeria da Biblioteca Almeida Garrett na cidade do Porto acompanhando um conjunto de pinturas e desenhos resultantes de sensações ainda, nostalgicamente, presentes. Cores, formas, atmosferas, num teatro de memórias reminiscentes de um certo Timor.
O meu Timor."
Manuel Casal Aguiar