Juliano Mattos
Biografia
Juliano Mattos nascido paulistano, filho de uma portuguesa e um quase baiano, encontrou a redenção no percurso migratório inverso, em Aracaju, que o adotou aos cinco anos. Cresceu na capital sergipana, até migrar aos dezoito para Portugal, onde atualmente reside na cidade do Porto. Também residiu em Braga, Madrid, Cracóvia e Praga. Devido ao interesse pela fotografia, estudou inicialmente artes, mas logo ingressou no curso de Geografia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), onde se graduou em 2010. No ano seguinte, fez uma pós-graduação em Sistemas de Informação Geográfica e Ordenamento do Território na mesma instituição antes de rumar a Praga, onde descobriu a boémia, o hedonismo e a luxúria, mas também a degradação física, a depressão e a sarjeta. De regresso ao Porto, tornou-se fotógrafo e trabalhou em eventos da vida noturna e em festivais de verão. Foi membro-fundador da Frente de Imigrantes Brasileiros Antifascistas do Porto (FIBRA) e desde 2018 é responsável pelo projeto fotoativista Ativismo Em Foco. Tem dois livros de poesia, Travessa das Almas (Corpos Editora, 2014) e Significância Em Escala Poética (2016). Atualmente, é mestrando em Riscos, Cidades e Ordenamento do Território (FLUP), com enfoque no Direito à Cidade, debruçando-se sobre a gentrificação turística, e é investigador bolseiro no projeto SMARTOUR – Turismo, alojamento local e reabilitação: políticas urbanas inteligentes para um futuro sustentável.
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Inspirado na ficção científica de Douglas Adams, tendo-a como ponto de partida e reciclando alguns dos seus elementos mais deliciosamente bizarros, Até Mais, e Obrigado pelos Feixes! é o relato de um quarentenado hipocondríaco à solta na alucinante desventura pela imensidão do mundo existente no pequeno cubículo em que a pandemia o obriga a se isolar, ao alcance do braço ou de um clique, estacionado em mobílias e desarrumações.
Porém, o que aparenta ser uma mera fuga de si próprio logo evolui para a cada vez mais profunda busca interior. A infodemia das redes sociais, as distopias contemporâneas, os traumas pessoais e as inquietações existencialistas condimentam o caldo que efervesce em um transbordante tacho de absurdos ilógicos e refinados arroubos poéticos onde referências da cultura popular e erudita são recozidas em exagero calculado, ora explícitas ou amalgamadas em diálogos, ora cinicamente subliminares, mas sempre com uma acutilante rebeldia consequente.
Porém, o que aparenta ser uma mera fuga de si próprio logo evolui para a cada vez mais profunda busca interior. A infodemia das redes sociais, as distopias contemporâneas, os traumas pessoais e as inquietações existencialistas condimentam o caldo que efervesce em um transbordante tacho de absurdos ilógicos e refinados arroubos poéticos onde referências da cultura popular e erudita são recozidas em exagero calculado, ora explícitas ou amalgamadas em diálogos, ora cinicamente subliminares, mas sempre com uma acutilante rebeldia consequente.