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O Homem Couve
(…) Desde que passara a sentir-se couve, tinha deixado de tocar piano. Uma couve não tem braços, nem mãos, nem dedos. O piano passou a ter um naperon pousado sobre a caixa de madeira e uma jarra com flores em cima. Tal e qual um caixão. Estava morto. (…)
(…) Numa pausa entre duas músicas, o homem couve olhou para a Maria Amélia e comentou:
- O piano é um instrumento fantástico.
A Maria Amélia perguntou-lhe:
- Estudou música?
- Alguma coisa. Agora que não tenho mãos, o meu piano só é tocado pelo meu gato. - Respondeu o homem couve.
- Gosto de gatos. - Disse, murmurando, a Maria Amélia. (…)
(…) Numa pausa entre duas músicas, o homem couve olhou para a Maria Amélia e comentou:
- O piano é um instrumento fantástico.
A Maria Amélia perguntou-lhe:
- Estudou música?
- Alguma coisa. Agora que não tenho mãos, o meu piano só é tocado pelo meu gato. - Respondeu o homem couve.
- Gosto de gatos. - Disse, murmurando, a Maria Amélia. (…)