Filipe Zau
Biografia
Especialista em educação, professor, historiador, investigador, autor e músico.
Foi músico tocando com grupos como o Duo Ouro Negro.
Filipe Zau e Filipe Mukenga receberam o prémio Common Ground Music Award 2008, atribuído pela associação Search for Common Ground, em maio de 2008, durante a sessão de apresentação do CD "Angola solta a tua voz", onde os dois músicos também colaboraram.
Foi músico tocando com grupos como o Duo Ouro Negro.
Filipe Zau e Filipe Mukenga receberam o prémio Common Ground Music Award 2008, atribuído pela associação Search for Common Ground, em maio de 2008, durante a sessão de apresentação do CD "Angola solta a tua voz", onde os dois músicos também colaboraram.
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Marítimos
Depois do encanto do canto da sereia, anunciado por Luís Vaz de Camões, e revelado pela música dos angolanos Zau e Mukenga chega ao mercado português acompanhado de um livro especial (uma peça artística), com a história dos marinheiros africanos nas Descobertas no século XV e a sua participação na ruptura com o Império no século XX.
Esta edição livro (Marítimos)/disco (Canto Terceiro da Sereia - o Encanto), de grande qualidade, começa com uma selecção das fichas dos sócios Clube Marítimo Africano, descobertas no Arquivo Lúcio Lara, onde é, possível descobrir duas das grandes referências históricas do nacionalismo africano: Amílcar Cabral, da Guiné-Bissau, e Agostinho Neto.
O Clube Marítimo Africano (CMA) foi legalmente constituído, em 1954, como uma agremiação essencialmente desportiva, e proporcionava aos seus associados, meios de cultura e de recreação. Reunia tripulantes, maioritariamente angolanos, ao serviço dos navios da marinha mercante portuguesa, estudantes africanos residentes em Portugal e familiares.
A mobilidade dos chamados embarcadiços acabou por ser determinante para a circulação de correspondência clandestina e para o transporte de uma máquina policopiadora, o que constituiu factor determinante para a empatia entre marítimos e estudantes.
O CMA cumpriu um papel da maior relevância histórica em prol das independências das colónias portuguesas em África, ao contar, deste o início, com a participação de vários intelectuais nacionalistas, incluindo o homem que, há 45 anos, veio a ser o primeiro Presidente de Angola Independente.
Esta edição livro (Marítimos)/disco (Canto Terceiro da Sereia - o Encanto), de grande qualidade, começa com uma selecção das fichas dos sócios Clube Marítimo Africano, descobertas no Arquivo Lúcio Lara, onde é, possível descobrir duas das grandes referências históricas do nacionalismo africano: Amílcar Cabral, da Guiné-Bissau, e Agostinho Neto.
O Clube Marítimo Africano (CMA) foi legalmente constituído, em 1954, como uma agremiação essencialmente desportiva, e proporcionava aos seus associados, meios de cultura e de recreação. Reunia tripulantes, maioritariamente angolanos, ao serviço dos navios da marinha mercante portuguesa, estudantes africanos residentes em Portugal e familiares.
A mobilidade dos chamados embarcadiços acabou por ser determinante para a circulação de correspondência clandestina e para o transporte de uma máquina policopiadora, o que constituiu factor determinante para a empatia entre marítimos e estudantes.
O CMA cumpriu um papel da maior relevância histórica em prol das independências das colónias portuguesas em África, ao contar, deste o início, com a participação de vários intelectuais nacionalistas, incluindo o homem que, há 45 anos, veio a ser o primeiro Presidente de Angola Independente.