Eugénio Silva
Biografia
Eugénio Silva iniciou-se na BD há cerca de 60 anos na Escola António Arroio, pela mão do mestre Rodrigues Alves. Mas não lhe permitindo a 9.ª Arte sequência de trabalho, acabou por se afirmar como ilustrador e aguarelista. Em BD, começou por publicar Amoni, no Diário de Notícias (1965), A Gruta dos 3 Irmãos, no Pisca Pisca (1970), e História Pequena do Vidro (1982), publicando depois os álbuns Matias Sándor (1983), Eusébio, Pantera Negra (1990), Inês de Castro (1994), História de Seia (1999), O Sonho do Rapaz da Boina (1999), História do Concelho de Seixal (2004) e O Crime de Arronches (2009). Colaborou, para França, em On a Retrouvé la Forêt Perdue (1991) e O Coelho Branco no livro Contos das Ilhas (1993). É ainda autor da obra Zé do Telhado (inédito).
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Zé do Telhado
Ao começar o século XIX, com a política e a ideologia influenciadas pela Revolução Industrial Britânica e pela Revolução Francesa, Portugal vivia numa época de crise, visando o derrube da tirania e a conquista das liberdades, a que se opunham as forças conservadoras. O país é invadido em 1807 pelos francese, provocando a fuga da família real e do governo para o Brasil e, no ano seguinte, pelos ingleses, entrando como aliados militares. Após quatro anos de guerra, Portugal caíra numa situação miserável e, até 1821, parecia mais um protectorado inglês que um antigo reino europeu. Com a Regência da Coroa portuguesa apegada a antigas ideias, os liberais são perseguidos.
O exército acabou por se revoltar no Porto, em 1820. Viveu-se então um período sangrento de guerras civis, grassando entre o povo, a fomne e o descontentamento. Do Norte ao Sul, bandos de salteadores atacavem, matavam e roubavam. A luta pelos ideais misturou-se com a luta pela sobrevivência, e o cansaço de lutar por uma vida que não aparecia deu lugar à solução primária de roubar a quem tinha muito para melhorar a sorte de quem nada tinha.
Esta é a verídica história de um valoroso Lanceiro que, por força das circunstâncias e abandonado pela sociedade do seu tempo, acabou como salteador e desterrado.
O exército acabou por se revoltar no Porto, em 1820. Viveu-se então um período sangrento de guerras civis, grassando entre o povo, a fomne e o descontentamento. Do Norte ao Sul, bandos de salteadores atacavem, matavam e roubavam. A luta pelos ideais misturou-se com a luta pela sobrevivência, e o cansaço de lutar por uma vida que não aparecia deu lugar à solução primária de roubar a quem tinha muito para melhorar a sorte de quem nada tinha.
Esta é a verídica história de um valoroso Lanceiro que, por força das circunstâncias e abandonado pela sociedade do seu tempo, acabou como salteador e desterrado.