Anabela Campos
Biografia
Jornalista desde 1994, começou a carreia na Agência Lusa, depois de se ter licenciado em Ciências da Comunicação na Faculdade
de Ciências Sociais de Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. Seis anos depois rumou ao Diário Económico, para uma muito
breve passagem. Saiu para o jornal Público, onde esteve entre o ano de 2000 e o final de 2007. É jornalista do Expresso desde 2008.
Foi vencedora de três prémios de jornalismo económico, sozinha e em co-autoria: «PT é o euromilhões dos acionistas», em 2010;
«Cimpor, o fim de uma multinacional», em 2013.
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E agora, para onde caminha Portugal?
Fica a questão, depois de nos longos e difíceis anos da Troika, Portugal ter vendido as empresas de bandeira e boa parte das grandes sociedades nacionais terem sido compradas por capital estrangeiro, à partida menos sensíveis ao futuro da economia portuguesa. Um cenário que chega até nós enquadrado numa infeliz tempestade perfeita em que desaparece do mapa o grupo empresarial mais influente da sociedade portuguesa, o Grupo Espírito Santo, um universo de 400 empresas, arrastando consigo a majestática Portugal Telecom e muitas outras sociedades com menos visibilidade mediática. Não há capital em Portugal e os empresários estão falidos. Por isso, a alternativa, quando a venda se impõe, é procurar interessados no exterior. Afunilaram-se assim as oportunidades de escolha - vendeu-se a quem apareceu, à pressa e, por vezes, a preço de saldo. Perdeu-se pelo caminho o controlo dos centros de decisão, durante décadas defendidos, e até protegidos, em benefício dos empresários do regime. Desapareceram nos últimos anos centenas de milhares de empregos, grande parte deles qualificados. Os portugueses voltaram a emigrar em massa. O país transformou-se. QUEM SÃO OS NOVOS DONOS DE PORTUGAL?
Fica a questão, depois de nos longos e difíceis anos da Troika, Portugal ter vendido as empresas de bandeira e boa parte das grandes sociedades nacionais terem sido compradas por capital estrangeiro, à partida menos sensíveis ao futuro da economia portuguesa. Um cenário que chega até nós enquadrado numa infeliz tempestade perfeita em que desaparece do mapa o grupo empresarial mais influente da sociedade portuguesa, o Grupo Espírito Santo, um universo de 400 empresas, arrastando consigo a majestática Portugal Telecom e muitas outras sociedades com menos visibilidade mediática. Não há capital em Portugal e os empresários estão falidos. Por isso, a alternativa, quando a venda se impõe, é procurar interessados no exterior. Afunilaram-se assim as oportunidades de escolha - vendeu-se a quem apareceu, à pressa e, por vezes, a preço de saldo. Perdeu-se pelo caminho o controlo dos centros de decisão, durante décadas defendidos, e até protegidos, em benefício dos empresários do regime. Desapareceram nos últimos anos centenas de milhares de empregos, grande parte deles qualificados. Os portugueses voltaram a emigrar em massa. O país transformou-se. QUEM SÃO OS NOVOS DONOS DE PORTUGAL?