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Zé Manel Bento
Zé Manel Bento, um geronto a rondar os oitenta anos de idade, está sofrendo de vários achaques que o levam a andar constantemente a correr para os médicos, saltando de um para outro mais depressa do que uma borboleta salta de flor em flor. Um certo dia, por obra do acaso, lá se encontra ele recostado num cadeirão dum psiquiatra, embora ele dissesse que nunca lá iria por considerar os psiquiatras como médicos de malucos.
Entre médico e doente foi-se estabelecendo um diálogo contínuo, que foi servindo para o Zé Manel Bento ir narrando o que foi a sua vida na sua aldeia beirã até aos dez anos, em Lisboa, onde trabalhou como um mouro, e na guerra de Angola, que o marcou para o resto da sua vida, pois, tal como ele desabafou ao médico, uma pessoa pode vir da guerra "escorreito por fora, mas, por dentro, vem com a alma em farrapos."
E, a par da narrativa do Zé Manel Bento lá dentro do consultório, vai-se desenrolando também uma outra narrativa sobre a vida do médico, contada pela empregada do consultório à mulher e à filha do Zé Manel Bento, dizendo ela que o médico, a partir duma certa altura da sua vida, sem ele dar por conta, viu-se apanhado nas malhas da justiça, pelo facto da sua mulher o ter acusado de violência doméstica, de lhe ter movido uma ação de divórcio litigioso e de lhe ter feito a vida negra por causa da regulação do poder paternal dos filhos de menor idade.
No desenrolar das conversas entre o Zé Manel Bento, um homem prático, que se fez a si mesmo, tal como ele costuma dizer, e o médico, um cientista e um intelectual, muitas outras histórias vão sendo contadas como forma de ir referindo um pouco sobre os usos e os costumes, bem como sobre a maneira de viver do Portugal dos anos cinquenta e sessenta do século passado até aos dias de hoje.
Entre médico e doente foi-se estabelecendo um diálogo contínuo, que foi servindo para o Zé Manel Bento ir narrando o que foi a sua vida na sua aldeia beirã até aos dez anos, em Lisboa, onde trabalhou como um mouro, e na guerra de Angola, que o marcou para o resto da sua vida, pois, tal como ele desabafou ao médico, uma pessoa pode vir da guerra "escorreito por fora, mas, por dentro, vem com a alma em farrapos."
E, a par da narrativa do Zé Manel Bento lá dentro do consultório, vai-se desenrolando também uma outra narrativa sobre a vida do médico, contada pela empregada do consultório à mulher e à filha do Zé Manel Bento, dizendo ela que o médico, a partir duma certa altura da sua vida, sem ele dar por conta, viu-se apanhado nas malhas da justiça, pelo facto da sua mulher o ter acusado de violência doméstica, de lhe ter movido uma ação de divórcio litigioso e de lhe ter feito a vida negra por causa da regulação do poder paternal dos filhos de menor idade.
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