A Vida Invisível de Eurídice Gusmão
de Martha Batalha
Sobre o livro
Rio de Janeiro, anos 40.
Quando Guida Gusmão, perdida num amor proibido, desaparece da casa dos pais sem deixar rasto, a irmã Eurídice prometeu ser a filha exemplar, a que nunca faria algo que trouxesse novo desgosto aos pais. E Eurídice torna-se a dona de casa perfeita, casada com Antenor, um bom marido, apesar de tudo, ou apesar do nada em que a vida de Eurídice se tornou.
A vida de Eurídice Gusmão é em muito semelhante à de inúmeras mulheres nascidas no início do século XX e educadas apenas para serem boas esposas. Mulheres como as nossas mães, avós e bisavós, invisíveis em maior ou menor grau, que não puderam protagonizar a sua própria vida.
Capaz de abordar temas como a violência, a marginalização e até a injustiça com humor, perspicácia e ironia, Marta Batalha é acima de tudo uma excelente contadora de histórias que tem como principal compromisso o prazer da leitura.
Cora Rónai, O Globo
Comentários
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Leve mas profundo
Adorei. Escrito de forma muito divertida, com histórias profundas e ricas de pormenores. Uma reflexão sobre a vida das mulheres nos anos 40. Recomendo.
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Um livro encantador
Adorei! Uma verdadeira contadora de histórias.
Brasil, anos 40. Uma viagem no tempo. Eurídice é uma mulher que nasceu fora de época. Com ideias demasiado à frente para a sociedade que a acolhe. Uma história que nos mostra o que era ser mulher e ficar na sombra de todos os homens que nos rodeiam. Numa escrita fluida, que nos prende até a última pagina. Um livro que devia ser lido por todos.
Martha Batalha brinda-nos com uma história muito bem contada passada no Rio de Janeiro nos anos 40. A condição da mulher como boa dona de casa, mãe e esposa é aqui muito bem retratada. Mulheres que se auto anulam quase como seres invisíveis numa sociedade marcadamente machista. O uso da ironia e do humor emprestam a esta obra um toque muito especial.