Jorge Branquinho Pais
Biografia
Jorge Manuel Branquinho Pais Monteiro nasceu em 23/01/50, na vila de Nelas. Foi professor de Filosofia e Psicologia, no ensino secundário, encontrando-se atualmente aposentado.
Em1998 ganhou o segundo prémio, relativo ao "Prémio CPLP – 1ª Obra" (instituído pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e o Instituto Camões), com a obra de poesia O Ser da Linguagem.
Em1998 ganhou o segundo prémio, relativo ao "Prémio CPLP – 1ª Obra" (instituído pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e o Instituto Camões), com a obra de poesia O Ser da Linguagem.
partilhar
Em destaque VER +
Aurelianos
Tinha passado a vida a preparar-se para viver; com hiatos enormes, como buracos negros, onde em tudo o que fazia não encontrava sentido algum.
Cada vez mais convencido de que a realidade, onde tudo se passa, era apenas uma metáfora. Palco aonde a vida se interpreta, sem se levar muito a sério.
Nas curvas de Penacova, a neblina fresca do Mondego apanhou-os desprevenidos. Helena, cheia de frio, apertava-se contra o seu corpo, como se nele quisesse entrar; ele, de olhos a lacrimejar e as mãos enregeladas, acelerava. Iam felizes, como todos os inconscientes. A mota, que gastava tanto de óleo como gasolina, foi largando uma fumarada vaidosa a mostrar que a vida sem loucura é desatino.
Amor havia; mas cada vez mais exaurido, a sumir-se num labirinto de circunstâncias que vieram implacáveis, como granizo de maio.
Cada vez mais convencido de que a realidade, onde tudo se passa, era apenas uma metáfora. Palco aonde a vida se interpreta, sem se levar muito a sério.
Nas curvas de Penacova, a neblina fresca do Mondego apanhou-os desprevenidos. Helena, cheia de frio, apertava-se contra o seu corpo, como se nele quisesse entrar; ele, de olhos a lacrimejar e as mãos enregeladas, acelerava. Iam felizes, como todos os inconscientes. A mota, que gastava tanto de óleo como gasolina, foi largando uma fumarada vaidosa a mostrar que a vida sem loucura é desatino.
Amor havia; mas cada vez mais exaurido, a sumir-se num labirinto de circunstâncias que vieram implacáveis, como granizo de maio.