Claudio Magris
Biografia
Claudio Magris, o celebrado autor de Danúbio, nasceu em Trieste, em abril de 1939. É romancista, ensaísta, germanista, e colabora regularmente com revistas e jornais europeus. Os seus livros contribuíram para o conhecimento literário da cultura europeia – foi o criador do conceito de Mitteleuropa. Magris é um dos candidatos favoritos ao Prémio Nobel da Literatura e um dos mais influentes intelectuais dos nossos tempos.
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Tempo Curvo em Krems
Os cinco protagonistas que encontramos nestas histórias têm de lidar com as consequências do que acontece quando o tempo não parece ter princípio nem fim, mas é como o curso de um rio que nos pode levar tanto à sua foz, como à sua nascente:
1) o industrial rico que encena uma falsa «retirada» da vida;
2) o professor de música que se encontra com o antigo discípulo, numa reunião de indefinível e ambígua crueldade;
3) o viajante que, na pequena cidade de Krems, descobre que a vida e o amor existem num não-tempo, no qual tudo é presente e tudo acontece em simultâneo;
4) o velho escritor, convidado de honra de um prémio que serve apenas de medida ao que o afasta do mundo e dos rituais da literatura;
5) e, finalmente, o homem que sobreviveu à Primeira Grande Guerra e ao período áureo - irredentista - da cultura triestina, que observa a rodagem de um filme sobre os acontecimentos da sua própria juventude e que não consegue rever-se - ou aos seus companheiros - nos gestos e nas palavras dos atores.
Irónicos e solenes, os cinco protagonistas vão, aos poucos, perdendo a intensidade das suas vidas e apagando a distinção entre ficção e realidade.
1) o industrial rico que encena uma falsa «retirada» da vida;
2) o professor de música que se encontra com o antigo discípulo, numa reunião de indefinível e ambígua crueldade;
3) o viajante que, na pequena cidade de Krems, descobre que a vida e o amor existem num não-tempo, no qual tudo é presente e tudo acontece em simultâneo;
4) o velho escritor, convidado de honra de um prémio que serve apenas de medida ao que o afasta do mundo e dos rituais da literatura;
5) e, finalmente, o homem que sobreviveu à Primeira Grande Guerra e ao período áureo - irredentista - da cultura triestina, que observa a rodagem de um filme sobre os acontecimentos da sua própria juventude e que não consegue rever-se - ou aos seus companheiros - nos gestos e nas palavras dos atores.
Irónicos e solenes, os cinco protagonistas vão, aos poucos, perdendo a intensidade das suas vidas e apagando a distinção entre ficção e realidade.